A França pretende dissolver o movimento católico fundamentalista Civitas após a divulgação de declarações antissemitas

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Feitas durante um evento promovido pela organização em julho. O ministro do Interior francês, Gérald

Darmanin, condenou veementemente essas afirmações e anunciou que acionará a Justiça para encerrar o funcionamento do Civitas.

O movimento tem sido alvo de denúncias frequentes devido a posicionamentos controversos e sua participação em atos radicais. Além disso, propagou ideias conspiracionistas contra as medidas restritivas do governo durante a pandemia de Covid-19 e tem criticado os avanços da comunidade LGBTQIA+.

No vídeo divulgado recentemente, o escritor Pierre Hillard, conhecido por suas ideias conspiracionistas, faz declarações polêmicas, sugerindo que a naturalização dos judeus em 1791 teria aberto as portas para a imigração no país. Suas declarações foram repudiadas por diversas personalidades políticas e associações de combate ao antissemitismo na França.

O presidente do Civitas, Alain Escada, não se pronunciou sobre a polêmica até o momento. A decisão de

dissolver o movimento acontece em meio a um contexto de repressão a grupos extremistas na França. O governo já havia anunciado o fim de outra organização, o coletivo ecologista “Soulèvements de la Terre”, por supostos atos de violência durante protestos contra a construção de um reservatório de água.

Especialistas observam que a França tem enfrentado um aumento da radicalização de grupos tanto da ultradireita quanto da extrema esquerda nos últimos anos, levando o Estado a aplicar medidas repressivas para combater tais movimentos. O desmantelamento dessas organizações é visto como uma ação necessária para proteger o Estado de direito, especialmente quando se tratam de discursos xenófobos, racistas e antissemitas, que atacam princípios fundamentais da república francesa.

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